Sim, é importante ler mulheres + marcadores de página

Há um movimento chamado Leia Mulheres, que vem ganhando muita força com a ajuda das redes sociais. Ainda bem. Leia aqui neste post anterior para entender melhor. Embora ainda não esteja engajada a nenhum grupo específico, como os clubes de leitura do projeto (que acontecem em todo o País), tenho acompanhado o debate público com curiosidade e admiração.

Queria dizer uma coisa pra vocês, principalmente para as leitoras. SIM, é importante se forçar a ler mulheres. Simplesmente porque a cultura machista e de diminuição da mulher ainda é algo muito, muito forte. De forma que mesmo estando atentas, nos pegamos com atitudes, palavras ou pensamentos machistas sem querer.

E sem dúvidas isso se reflete na literatura e nas outras áreas artísticas. Por que não seria? Sem sentir, prestigiamos muito mais os homens do que as mulheres escritoras. E infelizmente isso não vai mudar se não forçarmos a barra. Se você ainda tem dúvidas, peço que leia esses dois textos incríveis sobre a questão:

>> O mercado editorial e as escritoras
O primeiro é uma escritora contando como conseguiu oito vezes mais respostas de editores sobre o seu livro se fingindo de homem, depois da frustração das poucas respostas como mulher.

>> Agora só leio livros escritos por mulheres e isto é o que aprendi
Este é um relato interessante de uma leitora que decide ler apenas mulheres por um tempo. Vale ler a história toda, mas destaco este trecho:

Mas existe realmente uma diferença entre a literatura escrita por homens e por mulheres? Acho que sim. Para começar, parece que as mulheres escrevem mais sobre mulheres. Há mais protagonistas do sexo feminino, e como há mais, são mais variadas, e como são mais variadas, são mais interessantes, mais humanas, mais de verdade. Estamos acostumados a que os protagonistas de quase tudo sejam homens e superamos esse detalhe para nos identificar com nossos personagens favoritos, mas é tão, tão refrescante abrir um livro e encontrá-lo cheio de mulheres de todos os tipos!”

E você, quantos livros de mulheres tem na sua estante? Qual a proporção? Das suas leituras de 2015, quantos livros foram de escritoras?