Os best-sellers de cada geração
Por Márcia Lira em
“Se quisermos executar a mesma fórmula que nos anos 2000 deu a J.K. Rowling mais dinheiro do que ela (ou qualquer pessoa) precisaria ganhar, é necessário entender que a diferença entre vender milhões de exemplares ou apenas alguns milhares está, não na capacidade de formatar as palavras com precisão, mas de dizer aquilo que uma geração necessita ouvir/ler com urgência. Só assim justificamos a existência de outros ‘fenômenos’ do gênero.”
Não só é difícil dar vencimento na estante com livros, mas na prateleira de revistas também. Então às vezes eu vou e pego um número antigo, cujo conteúdo é atemporal. O caso do Suplemento Pernambuco nº 38. Nele, tem um texto delicioso de Flávia de Gusmão, Os zíperes abertos de uma geração, de onde tirei o trecho acima. É sobre um best-seller dos anos 70, sobre liberação sexual feminina escrito por Erica Jong: Medo de voar.
Soou pra mim bem revelador esse raciocínio do sucesso pela identificação de um grupo, pela representação de uma época. Daí eu me perdôo um pouco mais por ter passado tanto tempo na adolescência enchendo meus ouvidos de pagode, e fico mais atenta pra o porquê de minha irmã ter lido duas vezes cada livro da saga Crepúsculo ou gostar de artistas como Luan Santana.
Foto: Helga Weber
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