Amazon no Brasil: livros físicos custam menos que e-books
Por Márcia Lira em
Faz tempo que as livrarias acordam no meio da noite tendo pesadelos com este dia: a chegada da Amazon no mercado brasileiro. Tinha uma paquera da gigante americana com o Brasil sim. Uma paquera bem correspondida com a forte atuação na venda de e-books para encher as estantes digitais dos Kindles de cada um, incluindo a desta pessoa que vos fala.
Mas hoje é a chegada oficial da Amazon no Brasil. A partir de hoje, a livraria digital passa a vender livros físicos também. E chegou abrindo o seu espaço com a sutileza de um Godzilla. São apenas 150 mil títulos de livros em português impressos para começar. PARA NOSSA ALEGRIA.
Para dobrar até os leitores mais controlados, frete grátis para compras a partir de R$ 69, e ainda um recurso capaz de deixar o leitor apaixonado de vez. O Leia Enquanto Enviamos vai permitir ao comprador ultransioso de um livro físico baixar a versão digital para começar a leitura enquanto o correio não faz a entrega. Como não amar?
Outra coisa interessante é que começa a ficar mais clara (embora faça menos sentido) a relação livros físicos x e-books. Como você vê abaixo, vários títulos impressos custam menos do que a sua versão digital. Como isso acontece? Todo mundo sabe que um livro físico sai beeeem mais caro do que um digital. Enquanto um e-book precisa passar por revisão e edição, um título impresso precisa passar ainda por impressão, armazenamento e distribuição.
E você pretende inaugurar a livraria online? Em caso positivo, conta pra gente como foi a sua experiência. Coloca aí nos comentários, manda um e-mail para contato@menosumnaestante.com ou conta lá no Facebook do Menos um na estante.
Ah, caso você fique em dúvidas: isto não é um publieditorial. 😉
3 comentários

AUTOR
Márcia Lira
Márcia Lira. Jornalista. Social Media. Especialização em Jornalismo Cultural. Fundadora do Menos1naestante há 14 anos. E-mail: marcialira@gmail.com.
Somos duas contando com isso.
É bom pesquisar antes de comprar na Amazon Brasil. Eu dei uma olhada rápida e encontrei vários livros mais baratos em outras lojas online, como o Ponto Frio, Saraiva e Submarino. A Amazon Brasil ainda não está com a bola toda em preços como nos EUA não.
É, é só mais uma opção, mas não quer dizer que seja a melhor, né? Li algo sobre isso, PontoFrio e Extra mais baratos.
Descobri por acaso que eles começaram a venda de livros impressos nesta quinta-feira, quando fui pesquisar o preço de um e book do Sándor Marai na Amazon brasileira.
Descobri o livro com preço 15% abaixo da loja online mais barata (Pesquisa Buscapé, Cia dos Livros, Livraria 30 Por Cento) e frete para São Paulo por 1,90. Grata surpresa!
Os preços ainda não são os mais baratos para todos os títulos, mas vale a pesquisa.
Abraço
Você foi mais esperta, Andrea! Pesquisemos sempre.
Oiie!!!
Nossa, bom saber!!!
🙂
Vou entrar já na Amazon pra ver hehehehe
beijãozão :*
Mais uma tentação, né? hahaha
Contra Tsunami não se luta, se deixa engolir. Será bom para autores publicarem seus livros sem a burocracia de uma editora, e será bom para os leitores comprarem livros mais baratos
Amém.
Mercado editorial ainda é MERCADO. Toda a filosofia da Amazon de disseminação e acesso à leitura tem que enfrentar o mercado brasileiro. A discussão vai além dos preços da Amazon em relação às outras, acho que a esta deveria ser o preço da leitura no Brasil. Penso que o buraco é bem mais em baixo.
Acredito que uma discussão não inviabiliza outra. O buraco é mais embaixo ainda: os preços das coisas em geral no Brasil, a quantidade absurda de impostos. Mas talvez os livros devessem ter um tratamento ainda mais diferenciado, né?
Bem, confesso que eu compro livros em sites, mas quase nunca resisto a uma livraria, entro olho e sempre saio com mais um livro. Sou uma apaixonada por livrarias.
Ainda não pesquisei nada na Amazon.
Uma livraria virtual nunca vai dar a mesma experiência de uma real, né? Mas quando o objetivo é só a aquisição, aí é aquela cômoda opção.
Só sei que o mercado de livros no Brasil nunca mais será o mesmo depois de hoje. Polêmicas à parte, acho que nós, leitores, sairemos ganhando. Livro no Brasil é muito caro, né? Inclusive os digitais!