"Pensar tem um defeito irremediável"
Por Márcia Lira em
“Nós que tentamos pensar tudo isso estaremos condenados apenas a uma espécie de heroísmo negativo? Está claro que um tipo de figura intelectual (Voltaire, Zola, Sartre) desapareceu com o declínio da modernidade… a violência da crítica feita à academia durante os anos 60, seguida pelo declínio inexorável das instituições educacionais em todos os países modernos mostra com clareza suficiente que o conhecimento e a transmissão cessaram de exercer a modalidade de autoridade necessária para que os intelectuais sejam ouvidos quando tomam a palavra. Num mundo em que o sucesso é identificado com a economia de tempo, o pensar tem um defeito irremediável: ele desperdiça tempo”.
São constatações pessimistas do filósofo francês Jean-François Lyotard (1924-1998) sobre a tal condição pós-moderna que, tenho aprendido, levanta mais debate do que conclusões. Tão difícil é estudar ideias em aberto. Um exercício.
Foto do flickr de misspixels
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