Ler em papel ou ler no e-reader? Eis a questão
Por Márcia Lira em
Quando eu pego qualquer livro, principalmente novo, a primeira coisa que eu faço é sentir o cheiro dele. Tenho toda essa coisa do fetiche com o papel. Então, mesmo muito entusiasta de tecnologia, eu tremia nas bases com essa possibilidade sempre discutida do livro impresso ter fim.
É por isso que a reportagem que fiz para a revista Continente tratou-se também de uma investigação pessoal, eu queria saber como o mercado todo ia ficar com esse boom de leitores eletrônicos e livros digitais. E ao falar com editores e escritores, eu constatei muitas coisas.
Entendi que todos estão acompanhando as mudanças, porque a sabem inevitável, mas cientes de que é o comecinho do processo. Poucos editores conseguem fazer um planejamento de como o mercado de livros vai estar a médio prazo. E, ainda assim, talvez estejam errados. Diferente do que eu imaginava, os escritores parececem muito tranquilos em relação a vender obras digitalmente.
Tive a oportunidade de bater papo como muita gente boa. Eu ri tanto na entrevista com Marcelino Freire, e desenvolvi toda uma admiração ao conversar com Heloísa Buarque de Hollanda, editora da Aeroplano e professora da UFRJ. No final das contas, fiquei entusiasmada para ter um e-reader. Bom, o resto, só lendo a matéria. E depois me digam o que acharam.
A edição de julho tem outras coisas bem interessantes, como um especial sobre “As doenças e a morte na arte” e o artigo “O crowdfounding e a cultura de colaboração”, sobre essa história de artistas que arrecadam dinheiro com os fãs para lançar discos.
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