Paisagem urbana com livros ao alcance da mão e do bolso
Por Márcia Lira em
Um dia desses estava caminhando pelo calçadão de Boa Viagem quando me deparei com um orelhão. Gastei um bom tempo me perguntando: alguém ainda usa isso? Até a minha adolescência, a gente matava e morria por um desses, pegava fila no sol para falar com alguém se tivesse fora de casa. Mas hoje celular é mais popular que RG, pessoas de qualquer renda têm pelo menos um pré-pago. Cheguei à conclusão que emergencialmente, no entanto, qualquer pessoa pode precisar e é bom que eles estejam lá. Genial é quando chega um arquiteto inteligente, percebe a oportunidade, e dá uma nova função à cabine eletrônica.
Foi o que John Locke fez com alguns desses espaços em Nova York, criando mini-bibliotecas, um ponto de livre compartilhamento de livros. Pode parar e ler, pode pegar, pode colocar outro. A nobre ideia faz parte de um projeto maior, que tem o intuito de dar novos ares para quase 14 mil cabines da cidade. O melhor é que se você for no site do Locke, de onde tirei essas imagens, vai ver que não tem nada de mirabolante, é uma solução simples e barata. O resto é com a população.
Um pouco mais perto, em São Paulo e no Rio de Janeiro, também temos uma iniciativa louvável juntando as tags livros + espaço urbano: o projeto da empresa 24×7, que vende livros por meio de máquinas instaladas em estações de metrô. A qualquer dia, a qualquer hora, por isso o nome. O mais interessante é que agora as vendas são no melhor estilo pague-o-quanto-quiser!
Como as máquinas só aceitam cédulas, você escolhe entre R$ 2 e R$ 100 por um dos títulos. No Facebook (ainda não curtiu nossa página?), a leitora Carolina Benozzato, de SP, disse que viu muitas e garantiu que funciona (a gente sempre duvida, né?), com opções diversas como culinária, curiosidades, literatura, para todo tipo de leitor.
Vi aqui e aqui.
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