Não sabia que era possível ser ainda mais fã de Sherlock Holmes
Por Márcia Lira em
Sabe quando você acha que entendia algo e descobre que era mentira? Foi o que aconteceu quando eu li O Cão dos Baskervilles, de Conan Doyle. Desde que eu me entendo por gente (há algumas décadas, diga-se), eu curto tudo que envolve o detetive inglês mais famoso do mundo. Por isso, não esperava que esse livro fosse capaz de aumentar o meu nível de admiração, mas ele é o melhor Sherlock Holmes que eu li até agora.
É que até então eu só tinha lido aventuras curtas. Nunca tinha parado pra conhecer um dos casos icônicos que fizeram este personagem, criado em 1887, tão famoso. O Cão dos Baskervilles é uma dessas histórias.
Nas primeiras páginas, ficamos sabendo da morte misteriosa de Charles Baskerville, dono de uma mansão secular em região pantanosa da Inglaterra. Sob a sua família, pesa a maldição de um cão sobrenatural que costuma aterrorizar os membros, e que pode ter causado mais uma morte.
Para desvendar o acontecimento sombrio, um amigo do falecido procura Sherlock Holmes, mas o encontra muito ocupado com casos em Londres. O detetive estrelado termina por enviar o seu fiel escudeiro, o médico de guerra Watson, com a missão de proteger o último herdeiro da família, o altivo Henry Baskerville, e de fazer descobertas.
Afinal, o cão fantasmagórico existe mesmo? De que morreu Charles Baskerville? Há um agente humano envolvido nos ataques? Qual o interesse por trás disso?
UM ACABAMENTO IMPECÁVEL
As histórias de crime e investigação por si só despertam o interesse das pessoas, e por isso é normal que elas sejam contadas sem muito capricho narrativo. Os autores costumam investir mais no conteúdo, e no suspense para as revelações, do que na forma. Mas não é o que acontece aqui.
É bem requintada a forma que Sir Artur Conan Doyle revela essa trama pra o leitor. Primeiro porque ficamos conhecendo os fatos por meio da correspondência que Watson envia para Sherlock Holmes, à medida em que ele conhece as pessoas do lugar, seus históricos e possíveis motivos para o ataque à família Baskerville, tradicionalmente rica na região.
Inclusive é uma história que coloca Watson numa posição de protagonismo, o que não é comum nas aventuras de Sherlock Holmes. Em geral, Watson é subestimado, costuma ser o Dedé (quem é do tempo dos Trapalhões?) com a função de colocar a bola no lugar certo para o gol do detetive.
Além do clima sombrio dessa história, da participação de Watson, eu amei que acontece muitas coisas inesperadas nesse livro, que me deixaram literalmente de boca aberta. Vale lembrar que esse livro foi escrito no século 18, e o plot twist, essa virada de chave na trama era uma super inovação na literatura criminal.
O desfecho é excepcional, não deixa nenhuma ponta solta, e a gente fecha o livro com aquela sensação boa de ter vivido uma super aventura ao lado de um dos detetives mais famosos do mundo e do seu parceiro.
OUTRAS OBRAS CLÁSSICAS
Em matéria de Sherlock Holmes, minha meta agora é explorar mais as outras obras clássicas do escritor escocês, que viveu entre 1859 e 1930, como: Um estudo em vermelho, O Signo dos Quatro, O último adeus de Sherlock Holmes, O vale do medo.
Vale dizer que a maioria das fotos que ilustram esta postagem foram do dia em que realizei o sonho de conhecer o Museu de Sherlock Holmes, dedicado ao personagem, na rua Baker Street, 221 B, em Londres.
E você, qual sua história preferida de investigação criminal?
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