6 princípios do ‘Quanto Menos, Melhor’ pra colocar em prática
Por Márcia Lira em
Quero indicar pra vocês um livro que está mudando a minha vida chamado Quanto Menos, Melhor, do Leo Babauta.
É provável que você o encontre na seção de auto-ajuda das livrarias, mas como esse termo se tornou pejorativo e pressupõe um conteúdo menor eu não quero usar mais. É um livro de desenvolvimento pessoal.
Quando li o subtítulo Concentre-se no essencial e livre-se do estresse, eu tive aquele momento de “SIM! É disso que eu preciso”, mas eu não sabia que o impacto seria tão forte.
Uma coisa boa e um pouco irritante ao mesmo tempo nesse tipo de livro é que em geral se fala de coisas que você já sabe, mas as ideias são colocadas de uma forma que você faz conexões diferentes com elas. São caminhos muito simples que fazem sentido.
Portanto, esse é aquele livro que eu queria comprar e dar de presente pra quase todo mundo que eu conheço. Mas na prática isso seria inviável e também não garante a leitura de ninguém.
Então resolvi passar um pouco das ideias do livro usando como base os 6 princípios do Quanto Menos, Melhor:
1. Por que fazer menos?
O dia tem 24 horas. Fazer pouco nesse tempo é ruim. Fazer demais é péssimo porque ficamos sobrecarregados e estressados e ninguém quer viver assim. O mito de ser multitarefa. Eu mesma me orgulhei muito disso, mas era fácil a angústia tomar conta.
O segredo de Leo Babauta pra isso é fazer menos: identificar o que é essencial e depois eliminar o resto.
O negócio é que pra descobrir o que é essencial você precisa entender quais as suas metas (pra semana, pro mês, pro ano, pra vida). Com isso, você revê a sua lista de tarefas do dia a dia e prioriza as que estão alinhadas com ela.
2. A arte de estabelecer limites
Limite é uma coisa que devia ser ensinada na escola. No entanto, estamos nós depois de adultos tendo que aprender a dizer “não” pra muita coisa. Estabelecer limites é fundamental pra esse novo estilo de vida funcionar: limites pra o tempo gasto no celular, pra quantidade de objetos que temos em casa, na mesa de trabalho, pra os projetos em que você está envolvido.
Pra isso, é preciso identificar o tempo gasto no celular (por exemplo), depois estabelecer um limite, e com isso em mente colocar em prática pra ver se funciona. Se não funcionar, vai fazendo ajustes. E assim com todo o resto.
3. Escolher o essencial e simplificar
É fundamental reservar algumas horas ou até dias para definir o que é essencial pra você e revisar essa lista com certa frequência. Faça anotações respondendo a:
- Que compromissos na sua vida são extremamente necessários?
- Defina uma ou duas metas para o ano e se concentre nelas.
- Há algo errado se a sua lista de projetos profissionais é muito longa.
- No e-mail, responda sempre as 5 mensagens mais importantes. Deixe as outras pra depois.
- Finanças: diferencie o que é necessidade do que é desejo. E acabe com os excessos.
- Revisão regular de toda a lista que você fez com os tópicos acima.
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4. Manter o foco
Foco é uma palavra um pouco banalizada mas tem um sentido amplo. Babauta fala primeiro no foco como persistência nas suas escolhas. Focar no que você está fazendo agora: nada de comer olhando o celular, ou passear com os filhos com a cara no celular, ou fazer um trabalho pensando no próximo. Presença.
Outro fundamental é o foco no pensamento positivo. Ressignificar os problemas e os ver como desafios. Enfrentar pensando no que você vai aprender com aquilo.
5. Criando novos hábitos
Esse tópico eu achei tão fantástico que eu tinha abordado em um post inteiro que você lê aqui. Basicamente é você take it easy e escolher um hábito por vez para adquirir, planejar como vai fazer com o máximo de detalhes possíveis e colocar em prática.
6. Comece com pouco
Esse ponto é muito reforçado no livro e tem feito a diferença no meu dia a dia. Babauta defende que começar com menos do que você poderia traz muitos benefícios: define o seu foco, mantém sua energia e entusiasmo por mais tempo, deixa mais fácil de lidar, garante o sucesso, traz mudanças graduais e duradouras.
Então pegando o exemplo do post citado no tópico 5, agora eu tenho mais tempo livre e poderia aumentar a minha meta de posts aqui no blog. Mas prefiro manter assim e poder pensar “não é possível que você não vá fazer tão pouco” do que deixar uma meta maior me desestimular.
No livro, há sugestões pra aplicar isso em metas como “acordar mais cedo 15min em vez de 1hora”, “fazer exercícios por 10min 3x por semana”, “aumentar a produtividade mais um pouco”, “começar uma alimentação saudável tomando menos refrigerantes”, etc. À medida que você se sentir seguro, você aumenta a intensidade.
>> O que você achou dos 6 princípios? Vai colocar em prática? Comenta aqui no post.
Não sou ainda um exemplo vivo da aplicação desses princípios do Leo Babauta, mas esse livro e outros estudos têm me feito avançar. Tenho conseguido manter a mente mais tranquila e mais focada, e assim colocado as coisas pra frente. Não é fácil, mas o caminho está se tornando mais legal de percorrer.
Depois de acabar essa leitura nunca mais pretendo criar uma meta literária como a que me impus nesse ano de 2017. E claro, também não funcionou. Mas isso é assunto pra outro post.
Recomendo demais a leitura do Quanto Menos, Melhor inteiro, pois assim a absorção das ideias é mais efetiva. Mas se você não for fazê-lo agora já dá pra aplicar algumas dessas coisas na sua vida. Uma de cada vez, passo a passo.
Agradeço a Lucas Gasull que não só me recomendou, como me emprestou esse livro também. 🙂
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