A hora da gênia
Por Márcia Lira em
Quem dera ter vivido na época em que Clarice Lispector era viva, a gênia, a musa. Nessa segunda-feira, ela completaria 92 anos. Apesar da banalização dos seus escritos, a literatura de Clarice continua forte, criando contemporâneos laços com quem a lê. A data é chamada A Hora de Clarice, e contou com muitas comemorações por aí.
Uma das mais louváveis foi o lançamento de um site especial sobre a escritora e suas obras, pelo Instituto Moreira Sales. Ou seja, um espaço nessa web de meu deus cheio de conteúdo sobre a autora e com credibilidade. Inclusive lembrei de um trecho em que ela dá dicas sobre a leitura, no livro Só para mulheres.
A leitura instrui e educa, eleva os pensamentos e faz com que as pessoas se irmanem melhor, compreendendo que vivem em comunidade, e como representante de um grupo devem proceder. A ideia de que formam um grupo, com características distintas, seguindo tradições e enfeixando responsabilidades as mais sérias, faz com que o homem ou a mulher se inclinem para a benevolência em relação aos seus semelhantes.
Esse é um bom caminho para o início da confraternização universal, de uma maior compreensão entre os povos e, por conseguinte, a esperança de um mundo isento de guerras e conflagrações. Os livros verdadeiramente bons muito podem fazer pelos homens de nossos dias.”
Para quem mora no Recife, a Livraria Jaqueira realiza uma homenagem à escritora durante todo o próximo sábado (15/12), a partir das 9h. Será palestra da escritora Fátima Quintas, atual presidente da Academia Pernambucana de Letras, mesa redonda, debates, leitura de crônicas e contos da autora homenageada. É aberto ao público.
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