Wikipost #3 Dia do Livro
Por Márcia Lira em
Dica de Noeme.
… e uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar para se manter afiada.” George R.R. Martin
Dica de Léia.
Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. (…) Gosto do barulho das paginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: (…) a lombada descansando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.” Martha Medeiros
Dica de Camila.
…Eu lia tudo que me caísse pela frente. Literatura vagabunda, elevada e tudo que ficasse no meio – tudo era tratado da mesma maneira brusca…” Trecho de Serena, Ian McEwan.
Nada melhor para homenagear o Dia Internacional do Livro do que trechos dos próprios objetos da paixão. Este é um wikipost, ou seja, está aberto à colaboração: se você conhece algum trecho de livro que fale do amor pelos livros, conta pra gente. Obrigada a Noeme, Léia e Camila, que deram as dicas pelo Facebook.
quinn.anya via Compfight cc
3 comentários
AUTOR
Márcia Lira
Márcia Lira. Jornalista. Social Media. Especialização em Jornalismo Cultural. Fundadora do Menos1naestante há 14 anos. E-mail: marcialira@gmail.com.
Olá, Silvia, no caso a ideia é que o trecho fale do amor pelos livros. Você manda outro? 🙂
Jaguadarte
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
“Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!”
Êle arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvora Tamtam êle afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
“Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!”
Êle se ria jubileu.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
Augusto de Campos