5 frases da literatura sobre café
Por Márcia Lira em
Eu gosto tanto, tanto de café que fica até difícil fazer uma declaração à altura para o Dia Mundial do Café. Como se não bastasse, café na minha opinião é a primeira companhia perfeita pra uma boa leitura. Um livro bom com uma xícara de café quentinho é uma visão de paraíso palpável ao meu dispor.
Então pra fazer essa homenagem muito justa, eu resolvi pedir ajuda à literatura: usar frases ou trechos de livros que contêm café. Para isso, contei com a colaboração dos leitores convocados pelas redes sociais. A inspiração é do Universo Café, um espaço da São Braz que reune amantes da bebida até esta sexta, no Shopping Recife.
- The Love Song of J. Alfred Prufrock de TS Eliot.
Por eu ter conhecido todos eles, conhecido todos eles:
Ter conhecido as noites , manhãs, tardes,
Eu medi minha vida com colheres de café.”
Colaboração de Tiago Martins.
A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
E mais uma coisa: havia um livro aberto sobre a mesa. Nesse café ninguém jamais abrira um livro sobre a mesa. Para Tereza, o livro era o sinal de reconhecimento de uma fraternidade secreta. Contra o mundo de grosseria que a cercava, não tinha efetivamente senão uma arma: os livros que pedia emprestados na biblioteca municipal; sobretudo os romances: lia-os em quantidade, de Fielding a Thomas Mann. Eles não só lhe ofereciam a possibilidade de uma evasão imaginária, arrancando-a de uma vida que não lhe trazia nenhuma satisfação, mas tinham também para ela um significado como objetos: gostava de passear na rua com um livro debaixo do braço. Eram para ela aquilo que uma elegante bengala era para um dândi do século passado. Eles a distinguiam dos outros”.
Colaboração de Léia Viana.
- No mundo da luna, Carina Rissi.
– Nada ainda? – Sabrina perguntou pela décima sexta vez, entrando no quarto e colocando uma xícara de café com leite fumegante na minha mesa de cabeceira.”
Colaboração de Ísis Barros.
- Trem de Ferro, Manuel Bandeira
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu presciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô…
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô…
Vou mimbora
Vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô…
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente…”
Colaboração de Talitha Chiara
- Paulo Leminski
Antes que a tarde amanheça
e a noite vire dia
põe poesia no café
e café na poesia
Colaboração de Jéssica.
>> Leia no blog Do Que Eu Leio: E se seus personagens favoritos da literatura se tornassem cafés?
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